Seja em processos seletivos ou em alguma apresentação de projeto é muito comum as pessoas sentirem dificuldades de falar sobre si ou de apontar suas qualidades, suas limitações e o seu diferencial competitivo. Você pode descobrir e trabalhar suas limitações através do exercício de autopercepção.
A autopercepção é a importância de se auto-observar, de enxergar suas próprias atitudes e crenças baseadas no próprio comportamento em diversos momentos do dia a dia. Uma grande parte dele vem através da auto-reflexão, em momentos de introspecção. Já a outra parte, muito importante, vem do convívio social e profissional.
Quando você se relaciona com outros e está acessível a aprender com isso, há a oportunidade em adquirir informações importantes sobre você mesmo ao confrontar sua autopercepção com o ponto de vista de outras pessoas a seu respeito. Confira abaixo, como exercitar sua autopercepção:
Pontos positivos - Anote pelo menos cinco qualidades do seu perfil, cinco coisas que você faz bem (características positivas) que as pessoas dizem que você faz bem e você percebe que é bom nisso.
- Depois de listar estas características, é importante que você pense sobre cada uma delas.
- Tente lembrar de alguma situação em que aquela aptidão se destacou para que você a potencialize e fique mais fácil de lembrar diante de uma situação de avaliação.
Limitações e pontos a serem desenvolvidosEm uma entrevista de emprego, falar de defeitos pode ser embaraçoso para diversas pessoas. É comum ter mais dificuldade em apontar aquilo que não está mais funcionando, mas todos nós temos limitações e pontos a serem melhorados o tempo inteiro.
No entanto, não basta apenas indicar aquilo que lhe restringe. É importante também apontar quais os comportamentos que você possui para minimizar o impacto daquela limitação. Veja os exemplos:
- Falar em público: O que tem feito para minimizar essa dificuldade? Ah, eu ensaio na frente do espelho, exponho as ideias em um determinado grupo de amigos que também é um bom momento para ganhar um feedback, e também presto atenção em outros detalhes como o tom de voz.
- Sou uma pessoa ansiosa: O que tem trabalhado para a ansiedade? Procuro fazer sessões de relaxamento, que me deixa mais equilibrado e não permite atrapalhar o meu trabalho.
- Sou uma pessoa hiperativa: Como solução, ando sempre com a minha agenda, além de usar aplicativos, alarmes para auxiliar em minha organização.
- Não tenho uma boa memória: Para não prejudicar o meu trabalho, anoto todo o tipo de informação, uso post-it's, aplicativos e lembretes eletrônicos para estar sempre a par das minhas tarefas.
Além de expor a sua limitação, é importante focar no que você tem feito para minimizar esse impacto no seu rendimento profissional. À proporção que você trabalhe a área à qual você possui maior limitação, a tendência é de que seus erros diminuam gradativamente e você passará a ter mais autoridade, podendo até mesmo tornar seu defeito uma potencial qualidade.
Falar sobre si não é complicadoO problema é que a gente não possui o hábito de fazer esse exercício de autopercepção, de fazer uma avaliação de nosso desempenho, de nossas características positivas e das nossas limitações.
Todavia, à medida que você pratique, ficará mais fácil sinalizar durante a avaliação e, com certeza, a pessoa que estará avaliando o seu processo seletivo vai perceber que você está sendo autêntico e não está repetindo as mesmas respostas clichês dos demais candidatos.
Lembre-se: ter defeitos é humano. Trabalhar e saber compensar e superar as suas limitações é a parte bela de ser humano.
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